Acho que essa humanização depende também de espaços em que nos vemos livres da "roda de hamster" do trabalho pela sobrevivência e pela produtividade. Nisso, paradoxalmente, a tecnologia pode ajudar. Ela é ambígua como tudo o que é humano, mas o que se almeja com a tecnologia em última instância é nos livrar desse fardo do trabalho. Esse é a promessa. Não é evidentemente o que acontece hoje. Não se sabe se e quando essa promessa vai se cumprir. Mas caso ela se cumprisse, isso nos colocaria face a face com o problema do sentido que a maior parte das pessoas que vivem nas cidades modernas coloca debaixo do tapete ao fazer a roda girar dia após dia.
O ponto aqui é que o tempo nunca sobra. Historicamente, a tecnologia otimiza processos mas e logo o tempo "livre" é direcionado a outra atividade.
Concordo que a humanidade está nos espaços, mas estes devem ser criados por nós em vez de esperar que nos sejam dados. Um exemplo simples, a média de uso de rede social do brasileiro está acima de 3h/dia. Agora imagine o que não aconteceria na vida dessas pessoas se um terço desse tempo fosse dedicado a literatura.
Sei que é uma utopia querer isso para todo mundo, mas é uma realidade querer isso para mim, para você, para um amigo, um funcionário, etc.
Obrigado, Zara. Sim, concordo com o espaço ter que ser criado. Isso é da responsabilidade de cada indivíduo, que no final é o que realmente conta. Parabéns pelo ótimo artigo.
O trabalho geralmente se torna um fardo quando não há unidade biográfica.
Tudo se torna mais pesado quando, da atividade profissional, só conseguimos ouvir o som isolado e monótono do próprio trabalho, sem graça e sem sentido. Mas a vida ganha outros contornos quando conseguimos colocar propósito naquilo que fazemos.
É evidente que algumas profissões carregam um propósito maior evidente, mas de qualquer atividade — por mais simples que seja — podemos extrair algum ensinamento que nos torne pessoas melhores, nem que seja o de cultivar mais humildade.
"Do turbilhão de futuros incertos, arrisco-me a tirar uma certeza: o humano será cada vez mais valorizado." De minha parte, ouso acrescentar: será cada vez mais perseguido; seja pelos que ainda preservam algo de humano em si, seja pelos que atuam a fim de destruir o humano em favor do Transumanismo.
Acho que essa humanização depende também de espaços em que nos vemos livres da "roda de hamster" do trabalho pela sobrevivência e pela produtividade. Nisso, paradoxalmente, a tecnologia pode ajudar. Ela é ambígua como tudo o que é humano, mas o que se almeja com a tecnologia em última instância é nos livrar desse fardo do trabalho. Esse é a promessa. Não é evidentemente o que acontece hoje. Não se sabe se e quando essa promessa vai se cumprir. Mas caso ela se cumprisse, isso nos colocaria face a face com o problema do sentido que a maior parte das pessoas que vivem nas cidades modernas coloca debaixo do tapete ao fazer a roda girar dia após dia.
Opa, André. Excelente comentário.
O ponto aqui é que o tempo nunca sobra. Historicamente, a tecnologia otimiza processos mas e logo o tempo "livre" é direcionado a outra atividade.
Concordo que a humanidade está nos espaços, mas estes devem ser criados por nós em vez de esperar que nos sejam dados. Um exemplo simples, a média de uso de rede social do brasileiro está acima de 3h/dia. Agora imagine o que não aconteceria na vida dessas pessoas se um terço desse tempo fosse dedicado a literatura.
Sei que é uma utopia querer isso para todo mundo, mas é uma realidade querer isso para mim, para você, para um amigo, um funcionário, etc.
Obrigado, Zara. Sim, concordo com o espaço ter que ser criado. Isso é da responsabilidade de cada indivíduo, que no final é o que realmente conta. Parabéns pelo ótimo artigo.
De fato, seria o trabalho um fardo ou nisso foi transformado justamente para consumir a alma até à chama derradeira?
O trabalho geralmente se torna um fardo quando não há unidade biográfica.
Tudo se torna mais pesado quando, da atividade profissional, só conseguimos ouvir o som isolado e monótono do próprio trabalho, sem graça e sem sentido. Mas a vida ganha outros contornos quando conseguimos colocar propósito naquilo que fazemos.
É evidente que algumas profissões carregam um propósito maior evidente, mas de qualquer atividade — por mais simples que seja — podemos extrair algum ensinamento que nos torne pessoas melhores, nem que seja o de cultivar mais humildade.
Acho que, em certas condições, ele pode não ser um fardo. Mas acho que isso é raro se considerarmos uma sociedade inteira.
"Do turbilhão de futuros incertos, arrisco-me a tirar uma certeza: o humano será cada vez mais valorizado." De minha parte, ouso acrescentar: será cada vez mais perseguido; seja pelos que ainda preservam algo de humano em si, seja pelos que atuam a fim de destruir o humano em favor do Transumanismo.
Se for preciso, fugimos para as montanhas. Uso até aquele chapéu de papel alumínio.
🤔
As montanhas hão de denunciar a nossa presença aluminizada...
😂
genial!!!!