O Dante que vive em nós
Tomados pelas incertezas das nossas escolhas, pela insegurança da existência, dos sucessos futuros não concebidos.
Qualquer porcaria com ares de novidade ganha atenção numa realidade onde a ruptura com o passado virou sinônimo de qualidade.
Diante disso, nos encontramos na encruzilhada com Dante e Virgílio, em uma trama onde Dante não é apenas um peregrino da Antiguidade, mas um reflexo de nossa essência.
Levanta os braços. Busca apoio em Virgílio. Tenta fugir. Não há saída.
Virgílio é o seu contraste: transborda sobriedade. A tempestade de confusões mundanas parece passar por ele como a doce brisa da manhã.
Dante está assustado, preocupado com a confusão lá fora — ou aqui dentro. Em sua jornada, talvez tenha procurado respostas e só encontrou desordem.
Quase cai, mas o seu medo encontra em seu companheiro de viagem o sustento de um bloco de mármore.
Dante poderia ser um de nós.
Tomados pelas incertezas das nossas escolhas, pela insegurança da existência, dos sucessos futuros não concebidos.
Emerge como símbolo do indivíduo contemporâne…
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