Fundamentos do Branding Ontológico

Filosofia de criação que valoriza seu Capital Intelectual e personalidade

mar 11, 2025

Opa! Zara aqui.

Esta é uma edição da Além da Dopamina, onde trago um toque de rebeldia intelectual para tempos de espetáculo e superficialidade.

Provocações completas para os apoiadores premium.

Apoiar a iniciativa

Tempo de leitura: 4 min.

Antígona é ainda hoje uma peça conturbada e polêmica.

Composta por Sófocles por volta de 442 a. C., traz reflexões tão necessárias para um mundo que busca atalhos e respostas prontas.

Lei dos deuses e lei dos homens

Antígona era irmã de Polinices, que morreu lutando contra seu futuro sogro, o rei Creonte.

Como condenação perpétua pela traição, o rei decidiu que o corpo do rebelde não poderia ser sepultado — condenando a morte quem arriscasse fazê-lo.

Para Antígona, acima da lei do rei Creonte existe um sistema legal não escrito, as lei dos deuses. Ela está segura de que nenhum irmão poderia deixar insepulto o corpo de seu próprio irmão.

Esse conflito entre lei natural e lei positiva é uma das tensões mais conhecidas da peça de Sófocles.

A consciência de cada um

Há, no entanto, uma questão ainda mais profunda: a necessidade de formar e seguir a própria consciência, reconhecendo que em assuntos opináveis poderá haver mais de uma resposta certa.

Ismênia, irmã de Antígona e Polinices, não compartilhou da convicção da irmã.

Não por medo, por obediência cega ou algo assim, mas porque sua consciência lhe indicara que era a melhor decisão. Com motivos muito justos, inclusive.

Creonte também seguiu sua consciência — tanto ao punir o traidor quanto ao mudar de opinião e aceitar o sepultamento de Polinices. Pena que a mudança se deu tarde demais.,

Esta antiga narrativa espelha perfeitamente o dilema que enfrentamos hoje no mundo digital — e na vida.

Resistindo às fórmulas prontas

Assim como Antígona escolheu seguir sua consciência em vez de regras externas, hoje enfrentamos o desafio de resistir às fórmulas prontas e encontrar nossa própria voz em um mundo saturado de promessas de atalhos.

Não é por acaso que muitos dos picaretas que prometem um manual, um método, um “passo a passo validado” são ovacionados e idolatrados. Perdidos, muitos acabam acreditando na ilusão das respostas simples para perguntas complexas.

O dilema dos profissionais profundos

Nesse contexto, quem mais sofre são aqueles que tratam de assuntos profundos.

São profissionais que acabam espremendo seu conhecimento em formatos de conteúdo efêmero, como dancinhas, textos curtos e vídeos rápidos, que podem iludir com resultados imediatos, mas comprometem até a dignidade.

Liberdade a longo prazo

O caminho que agora proponho pode não trazer resultados rápidos, mas é o único que conheço que garante liberdade a longo prazo.

Não tenho o propósito de resolver todos os seus problemas, de entregar um conjunto de regras a serem seguidas, mas de ajudar a formar sua consciência para tomar melhores decisões sobre o uso da sua comunicação online como alavanca de crescimento.

O sacrifício do intermediário

E para isso, é preciso sacrificar o intermediário.

“Usar a rede social é construir no terreno dos outros.”

Você já ouviu essa frase, eu já ouvi essa frase — mais de uma vez. Mas a ignoramos com a mesma frequência que a ouvimos; abaixamos a cabeça e seguimos errando.

Não importa a rede social, você arrisca perder todo o trabalho ao terceirizar o acesso à sua audiência para essas plataformas.

Zona Livre de Algoritmo

Acabamos iludidos com o número de seguidores, likes e comentários, fingimos que está tudo bem; que não estamos a um perfil cancelado ou a uma mudança das regras do algoritmo do nosso negócio acabar.

No entanto, apenas criar uma lista de emails, uma Zona Livre de Algoritmo, não basta. É preciso comunicar sua essência.

O Branding Ontológico foi pensado especialmente para quem deseja criar um negócio em torno do seu conhecimento e personalidade.

Branding Ontológico

Ele surge de algumas insatisfações e inquietações que acumulei ao longo dos anos, ouvindo e estando do lado tanto de quem busca (de verdade) aprender alguma coisa na internet, quanto de quem ensina e deseja construir um negócio em torno do seu capital intelectual.

Não gostaria que seu primeiro contato com essa filosofia de criação fosse superficial. Por isso, reuni esse conhecimento em um curso por e-mail dedicado a quem lida com o comportamento humano.